segunda-feira, 2 de maio de 2011

Tudo tem um porquê

Porque os professores da UNEB estão em greve

Os professores da UNEB entraram em greve, no dia 26/04, em defesa da Universidade do Estado da Bahia, patrimônio do povo baiano. Diferente do anunciado pelo Governo Wagner na mídia, a Educação na Bahia sofre com o descaso deste governo: nas universidades estaduais faltam professores, salas de aula, funcionários e estrutura para o ensino, a pesquisa e a extensão. O orçamento destinado é insuficiente, apesar do Estado ser um dos mais ricos do país; os professores recebem os piores salários do Nordeste e não há políticas de assistência estudantil que garantam a permanência dos estudantes.


Há dois anos, as Universidades sofrem com o corte de verbas imposto pelo Governo através de decretos. Este ano, um novo decreto (DECRETO 12.583/11) foi editado, o que tem prejudicado o desenvolvimento das atividades acadêmicas e fere a autonomia universitária. Essa situação tem aprofundado o sucateamento das Universidades e penalizado os trabalhadores da Educação. Nós, professores, sofremos com o arrocho salarial e o bloqueio de direitos garantidos por lei. Além do decreto de contingenciamento, o governo cortou R$ 1,06 bilhão do orçamento do Estado alegando ser uma medida necessária para enfrentar os reflexos da crise econômica mundial. No entanto, a despeito do corte de gastos, o governo criou, recentemente, 143 cargos comissionados e mais 4 secretarias.
Na campanha salarial 2010, o governo demonstrou, mais uma vez, o seu descompromisso e intransigência com a categoria. Só um ano depois de protocolada a pauta de reivindicação, o governo abre as negociações. Embora não fosse a proposta ideal, o movimento docente mostrou-se flexível para viabilizar um acordo que recomporia, após 4 anos, somente uma parte das perdas salariais acumuladas em mais de 50%. No entanto, no momento da assinatura do Acordo, o governo impôs uma condição que congelaria o salário dos professores até 2015. Em outras palavras, na reta final da campanha, o governo mantém a sua postura autoritária e impede o desfecho da negociação.


Fonte
http://www.aduneb.com.br/noticias.php?news_not_pk=1640


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